BURGER KING e TIM HORTONS, Warren Buffett está envolvido na fusão

Segundo fontes com familiaridade no assunto, investidor americano daria 25% do valor da aquisição da empresa canadense

Investimento de Warren Buffet deverá ser realizado pela por meio de ações preferenciais da Berkshire Hathaway

Investimento de Warren Buffet deverá ser realizado pela por meio de ações preferenciais da Berkshire Hathaway       (Michael Buckner/Getty Images/VEJA)

O investidor norte-americano Warren Buffett está envolvido nas negociações do Burger King para a aquisição da rede canadense de café e rosquinhas Tim Hortons, afirmaram fontes com familiaridade no assunto. A expectativa é de que a Berkshire Hathaway invista aproximadamente 25% do total do negócio, segundo o jornal Wall Street Journal. O investimento deverá ser realizado com ações preferenciais, mas a participação exata de Buffet no acordo ainda permanece incerta.

Burger King e Tim Hortons confirmaram nesta terça-feira que planejam uma fusão no valor de 11,5 bilhões de dólares para a criação do terceiro maior restaurante de fast food do mundo, com cerca de 23 bilhões de dólares em vendas. A ‘mão’ de Buffet no negócio aumenta mais as discussões sobre a política de taxação norte-americana. O negócio deve ser estruturado no modelo de transação de inversão de imposto, para transferir a sede do Burger King dos Estados Unidos para o Canadá. O objetivo é evitar impostos mais altos e poupar dinheiro em lucros no exterior e detido fora do país. As ações de do Burger King e da Tim Hortons chegaram a subir 20% na segunda-feira, após o anúncio das negociações. 

Realocação – A possível transferência de uma marca norte-americana tão conhecida alimentou o debate sobre a chamada inversão fiscal, enquanto os parlamentares dos EUA discutem formas de evitar uma onda saídas de companhias do país.”Esse não é um acordo movido por questão fiscal. É fundamentalmente sobre o crescimento e a criação de valor por meio de uma expansão acelerada”, afirmou o presidente executivo do Burger King, Alex Behring, em uma teleconferência. Behring, que vai liderar a nova empresa também no cargo de presidente executivo, é parceiro da 3G Capital, o fundo de private equity brasileiro que controla o Burger King e terá cerca de 51% da nova companhia.

Embora a taxa de imposto do Canadá seja mais baixa do que a dos EUA, o executivo-chefe do Burger King, Daniel Schwartz lembrou que a empresa paga uma taxa combinada menor por causa de sua presença em muitos mercados internacionais. Segundo o executivo, como a unidade do Burger King da companhia resultante da união com a Tim Hortons será baseada em Miami, ela continuará pagando os mesmos impostos norte-americanos que antes. “Não esperamos que haja economias significativas de imposto ou mudanças fiscais significativas”, afirmou Schwartz, que também deve permenecer no cargo de executivo-chefe. 

(Com Veja, agência Reuters e Estadão Conteúdo

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